No dia 30 de novembro de 2022, na EEEF Aurélio Reis na região norte de Porto Alegre, aconteceu a Oficina de Prevenção às IST/HIV/AIDS, gravidez na adolescência e diversidade sexual para 15 alunos do 8º ano e 12 alunos da 9º ano do ensino fundamental, assim como o professor de matemática. A Oficina faz parte do projeto #NosOtras – Prevenção com autonomia em metodologia lúdica e participativa. A dinâmica se deu através de perguntas escritas sobre dúvidas que os adolescentes trouxeram em relação à sexualidade e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez, a qual foram lidas anonimamente. Para além da explicação das facilitadoras sobre a temática, os alunos interagiram entre si de uma forma divertida e respeitosa sobre as diversas dúvidas que surgiram durante a atividade.
A Administradora em Sistema e Serviços de Saúde e ativista Silvia Aloia e as Assistentes sociais e ativistas Gina Hermann e Ananda Hinkeman facilitaram as atividades durante o dia.

As atividades são consideradas de extrema importância, visto os dados que o município de Porto Alegre traz em série histórica de infecções de HIV/AIDS e sífilis congênita, sendo o município com maior incidência do país em ambas patologias. Também o município apresenta alto índice de gestação indesejada. 

O Projeto #NosOtras é realizado pela Associação de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS RS (APVHA/RS) e do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP) no âmbito do A Hora é Agora (AHA), iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (FIOTEC) e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Para Silvia Aloia, “O diálogo sobre estigma e discriminação deve começar dentro da escola, onde adolescentes e jovens começam a conviver e a respeitar a diversidade de mulheres e homens cis e trans, negras e negros, homossexuais e bissexuais, é na escola que começa a convivência e que determina a permanência ou não dentro da escola e logo da sociedade dessa diversidade. Isto é fundamental para uma sociedade justa e com as mesmas oportunidades dentre as pessoas” .

Para Gina Hermann “É fundamental que se aborde sobre prevenção de ISTs e gravidez na adolescência, sexualidade e gênero, nas escolas, de forma lúdica e correta, tendo em vistas que muitas famílias não abordam esses temas e algumas vezes abordam de forma castradora o que não contribui em nada na educação. É muito importante os pais educarem seus filhos, entretanto, a maioria dos casos de estupro e abuso infantil acontecem no âmbito familiar . Percebemos na atividade que os adolescentes ficaram muito a vontade para questionar de forma anônima, que no decorrer começaram a perguntar diretamente, isso demonstrou confiança, foi muito prazeroso”.

Secretaria de Comunicação MNCP