Assumimos publicamente nosso compromisso em promover a igualdade de gênero, estimular o autocuidado e ações educativas para  garantia dos direitos humanos, entre eles, os sexuais e reprodutivos e o enfrentamento das mais variadas formas de violências sofridas que interferem na qualidade de vida e autonomia de todas as mulheres em especial das mulheres que vivem com HIV/AIDS (cis e trans),  

Manter esses compromissos têm sido um grande desafio, visto que nos últimos anos com o processo de descentralização das ações do SUS e desmonte de serviços de atendimento especializado às pessoas com HIV/AIDS, o acesso a especialidades têm sido restringido e/ou tornado ainda mais longa a espera, causando prejuízos graves à saúde e acompanhamento de comorbidades desenvolvidas ao longo dos anos pelo uso de antirretrovirais e/ou efeitos causados pelo HIV. 

Perdemos muitos ativistas para a AIDS e outras comorbidades como tuberculose ganglionar, hepatite, problemas cardiovasculares dentre outros, mortes estas que poderiam ter sido evitadas. Se não bastasse, outro problema grave que enfrentamos é o estigma e a discriminação que deixa as mulheres ainda mais suscetíveis ao adoecimento físico e mental.

Com objetivo de mitigar o estigma e a discrimanção das mulheres que vivem com HIV/AIDS em sua diversidade, estamos realizando ações por meio de estratégias de advocacy, incidência política, comunicação criativa e fortalecimento das lideranças em suas bases em projeto intitulado “Estigma Não” conta com a parceria da APVHA e apoio do Fundo Positivo.

Consiste em na realização de uma campanha com programas e radionovela em rádios comunitárias, indoors em linhas de  ônibus e serviços de saúde, assim como,  vídeos animados estilo whiteboard transmitidos em InfosTV´s das salas de espera de UBS nos municípios de Salvador/BA, Catanduva e Monte Aprazivel/SP. Ainda, serão realizadas oficinas com grupos de mulheres da OSC Motirô/BA e profissionais da saúde. Para além da campanha de estigma e discriminação, a prevenção da sífilis, sobre direitos sexuais e reprodutivos e autocuidado das mulheres estarão em pauta. 

O Outro projeto é  intitulado “Por Elas – Saúde Integral”  que objetiva contribuir para a qualidade de vida das MVHA, por meio de ações educativas, de acolhimento e práticas integrativas e complementares. Estão previstos acolhimento psicossocial individual e coletivo; práticas de kaiut yoga e atendimento individual com nutricionista.

Os atendimentos estão sendo realizados a partir de uma triagem para selecionar mulheres HIV+ que estão vivenciando: quadros mais urgentes de fragilidade emocional; problemas ósseos e  articulares que afetam a mobilidade e mulheres com alterações metabólicas e com lipodistrofia que afetam muitas mulheres HIV+. 

Durante o projeto será produzido livro contendo receitas elaboradas pelas próprias por MVHA em  encontros mensais.

Estamos animadas com os resultados. 

Secretaria de Comunicação