O dia 1º de Dezembro, Dia mundial de Luta contra a AIDS é uma importante data para dar atenção às conquistas e aos desafios que enfrentamos. É um dia de reflexão, mas também de reivindicamos direitos e políticas públicas que atendam as necessidades das pessoas que vivem com HIV/AIDS. Mas a luta não se faz em um dia e por essa razão o Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas vem desde sempre levando as pautas das mulheres que vivem com HIV/AIDS (MVHA) para o centro dos seus debates.
Campinas – SP Entre os dias 25 a 27 de novembro a Secretaria Nacional do MNCP se reuniu para discutir, a partir do Planejamento realizado junto ao colegiado, que antecedeu à referida reunião, o alinhamento das demandas e prioridades para o ano de 2023 no que se refere às políticas públicas para as mulheres e mulheres com HIV/AIDS, assim como, a previsão orçamentária para o desenvolvimento das ações. Estamos preparadas para 2023 com muito otimismo.
Belo Horizonte – BH No dia 30/11, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais aconteceu a Audiência Pública solicitada pela Deputada Ana Paula Siqueira e o MNCP, na pessoa de Heliana Moura, representante estadual, esteve presente levando as demandas e a voz das MVHA.
O objetivo da audiência foi debater políticas públicas de assistência e prevenção do HIV/AIDS, bem como a importância do enfrentamento do preconceito, da discriminação e da exclusão social das MVHA.
Heliana inicia enfatizando a importância da participação das MVHA e movimento social na resposta brasileira ao HIV que já foi referência mundial, explicita sobre as estratégias da prevenção combinada e que tais estratégias não devem focar apenas em algumas populações mas para quem precisar, inclusive as mulheres.
Fala ainda da necessidade do acolhimento sem julgamento, gestação com respeito e atendimento humanizado, direitos à saúde sexual e reprodutiva, testar e tratar com qualidade onde quantidade não sobreponha, preconceito e discriminação que as MVHA vivenciam, as desigualdades sociais, de gênero e racial que vulnerabilizam as meninas e mulheres e impactam em suas vidas de forma negativa, a necessidade que haja mais pesquisas para as mulheres e investimentos para aids e ainda sobre nossa preocupação com a saúde mental, mas que queremos atenção a nossa saúde integral e nossa defesa intransigente ao SUS.
Foram feitos alguns apontamentos aos gestores presentes e ficamos no aguardo dos melhores resultados e no fortalecimento do diálogo.
Ainda em Belo Horizonte, no dia 1º de Dezembro, após ato simbólico de colocar uma camisinha no Pirulito da Praça 7 de Setembro, o MNCP junto a outros movimentos de Minas Gerais subiu ao carro de som cedido pela CUT e percorreu a região centro sul apresentando as demandas das cidadãs positivas e sensibilizando a população quanto às questões do HIV/AIDS. Nossa luta contra o estigma, discriminação e falta de informação.
Porto Alegre – RS No Dia Mundial de Luta contra a Aids as ativistas Silvia Aloia, Gina Hermann da Associação de Pessoas Vivendo com.HIV/AIDS RS (APVHA/RS) e Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP) e Projeto A Hora é Agora (AHA), realizaram abordagens corpo a corpo com as pessoas que visitaram a praça da Alfândega em Porto Alegre.
As ativistas distribuíram materiais informativos e realizaram jogos didáticos trazendo informações sobre Prevenção Combinada, PrEP, distribuição de preservativos, gel lubrificante e orientações quanto à importância dos insumos e tecnologias da prevenção.
O público participou de conversas sobre estratégias de enfrentamento às doenças e cenário epidemiológico na Capital e assistiram a vídeos educativos confeccionados pelo MNCP.
Ainda, realizaram diversas entrevistas para TV local sobre vivências e desafios das mulheres no contexto da prevenção do HIV/AIDS, sensibilizando os ouvintes sobre estigma e preconceito.
A atividade foi realizada juntamente com a prefeitura municipal de Porto Alegre, que levou testes de HIV, sífilis e hepatites B e C no horário das 9h às 16h, no ônibus do projeto Fique Sabendo.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foram testadas no local, 80 pessoas, das quais 15 com exame positivo para sífilis, 02 para o vírus da hepatite C e 01 para HIV. Ocorreram 09 aplicações da primeira dose de penicilina e prescrição para tratamento da sífilis. Foram realizados aproximadamente 300 testes, considerando as quatro doenças.
Para Silvia Aloia, “utilizar os espaços promovidos pela saúde é também uma oportunidade para nossas pautas e instituições, uma forma de abordagem a um grande número de pessoas”.
São Paulo – SP Menos Discriminação, Mais Respeito, este foi o tema central do evento realizado pelo Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids e o Programa Estadual de IST/Aids na cidade de São Paulo. Fabiana de Oliveira, representante estadual do MNCP compôs uma das mesas de debates. A mesma enfatizou a importância do tema e que não é raro o sofrimento das mulheres por conta do estigma, discriminação e dificuldades em diversos campos da vida. Muitas não manifestam sobre isso com seus médicos, com profissionais da saúde e, se não bastasse, ainda sentem-se culpadas por aquilo que estão passando.
“Ao meu ver, a discriminação é uma das muitas formas de violência porque o ato discriminatório reflete na vivência da sorologia para o HIV . porque o medo de ser discriminado, da rejeição do estigma vem junto do diagnóstico positivo para o HIV e, este acaba se tornando um dos principais obstáculos no processo de aceitação ou não da sorologia, na adesão ao tratamento e, ainda, tem impacto muito forte na saúde mental, nas questões emocionais que envolvem as relações afetivas e sociais”, enfatiza Fabiana.
Ainda em São Paulo, o MNCP participou no dia 05 de dezembro da Sétima semana de mobilização contra a Sífilis e HIV. O evento premiou 230 municípios de São Paulo que tiveram sucesso na diminuição da transmissão vertical do HIV, atingindo metas na identificação e tratamento da Sífilis e Sífilis congênita. Silvia Almeida representou as Cidadãs de São Paulo nesta cerimônia de entrega de prêmios, reforçando a parceria entre o MNCP e Programa Estadual de AIDS.
Brasília Nossas Vozes ecoou em no Plenário. No dia 02 de dezembro, na Câmara dos Deputados foi realizada Sessão Solene, em Homenagem ao Dia Mundial de Luta Via AIDS, dirigida pela deputada Erika Kokay. A sessão serviu para alertar que apesar de muitas conquistas, o movimento de luta contra a AIDS ainda tem muitos desafios a serem enfrentados. Políticas públicas, manutenção e ampliação de orçamento e a retomada dos conselhos, muitos desfeitos nos últimos anos. O MNCP marcou presença sendo representado por Silvia Almeida.
Na ocasião o UNAIDS apresentou dados sobre os desafios que ainda temos para o acesso das populações vulneráveis. E completou dizendo: “é possível atingir as metas 90,90,90. Temos tecnologia e conhecimento de como agir. Precisamos de mais união e ações”!
Ainda, o compromisso de parceria com a Frente Parlamentar segue firme para 2023.
Fortaleza – CE No Museu da Fotografia de Fortaleza aconteceu o Seminário alusivo ao Dia Mundial de luta contra a Aids. O evento foi realizado pela Secretaria Municipal de Saúde e teve como tema: Equidade Já! O MNCP se fez presente pelas cidadãs Orleanda Gomes e Credileuda Azevedo. Na luta sempre!
Recife – PE O MNCP participou do Seminário em parceria com a ONG Gestos sobre o impacto do estigma e discriminação contra as pessoas vivendo com HIV e AIDS.
Ainda, esteve representado pela cidadã Ivanize no 1° seminário do projeto da Associação Arte e Cultura Conexão e saúde nos dias 1 e 2 em Porto Seguro.
Muitas outras mulheres estiveram na luta nesta data em todas as regiões. O MNCP segue com esperança de um 2023 muito melhor para todas as mulheres e, lembrando sempre que dia de luta é todo dia!
Secretaria de Comunicação