Em 2021 o MNCP lançou a série “Precisamos falar sobre HIV e Comorbidades”, com foco nos efeitos do HIV e uso prolongado dos antirretrovirais na saúde das pessoas que vivem com HIV/AIDS. Nesta 2ª edição traremos temas que discorrem sobre a influência das doenças crônicas na saúde mental e, consequentemente, nas atividades da vida diária das pessoas com HIV/AIDS.

A série trará os seguintes temas: Desafios e recomendações para cuidados na menopausa, dando ênfase na perda de densidade mineral óssea e osteoporose; Relação Fibromialgia e Depressão e  Citomegalovírus, porém, antes de lançarmos as matérias é preciso entendermos sobre o que é comorbidade e as diferenças entre diagnóstico e prognóstico. 

Para esclarecer do que se trata esse termo, o MNCP buscou informações com a Dra. Zarifa Khoury que atua na área de assistência na Coordenadoria de IST/AIDS do município de São Paulo.

O que é Comorbidade?

“Comorbidade é a ocorrência de duas ou mais doenças ao mesmo tempo em um mesmo paciente. Neste caso existe a possibilidade de uma doença provocar o agravamento da outra. 

Um exemplo muito comum em nosso meio é o caso da obesidade, que tem como comorbidade a diabetes e a hipertensão arterial. Neste caso estas comorbidades são consequências da obesidade. Mas nem sempre é preciso ser assim. 

 

Outro exemplo seria uma pessoa aparentemente hígida que apresenta como comorbidade hipertensão arterial e asma. Neste caso, nenhuma comorbidade está relacionada com a outra”.

Comorbidade diagnóstica e prognóstica 

Existem duas definições que acompanham o termo. Sendo assim, a comorbidade pode ser diagnóstica ou prognóstica. Questionada a respeito desses conceitos, a Dra. Zarifa esclarece:

As diferenças entre diagnóstico e prognóstico estão relacionadas ao diagnóstico médico. 

A comorbidade diagnóstica “Diz respeito a qualificação feita por médico que leva em conta a história clínica, epidemiológica, sinais e sintomas, exame clínico e exames complementares. Ele faz uma hipótese de determinada doença”.

Quanto ao prognóstico, refere-se ao “Parecer médico baseado em um doente específico acerca da sua evolução e das suas possíveis consequências.  No prognóstico o médico analisa a evolução da doença para aquele determinado doente”. 

Dra. Zarifa Khoury 

Médica infectologista

Graduação em medicina pela Universidade de Mogi das Cruzes (1982) e mestrado em infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (1992)