Sou Cleide Jane Figueiró de Araújo, moro em Duque de Caxias. Vivo sozinha, sou aposentada e dirijo uma ONG/AIDS. Faz muitos anos que participo do MNCP, desde o início. Me lembro que conheci o movimento num evento que estava acontecendo no Hotel Guanabar no Rio, junto com a ICW. Mas após esse evento, muitas coisas aconteceram no percurso. 

Cotidianamente, na instituição, ajudamos pessoas que são cadastradas, porém, com a chegada da COVID 19 abrimos exceção para outras mulheres, além das que habitualmente são assistidas. Isso, por conta da necessidade exposta. Oferecemos apoio psicológico, jurídico, socioassistencial e doamos alimentos, eventualmente, verduras, legumes, ovos e peixe. 

Essa é a forma que encontrei para contribuir nesse momento tão difícil. Suprir a necessidade de alguém, mesmo que momentaneamente, já me faz sentir bem. Não fica aquele vazio com um sentimento de inutilidade.  

Para mim, o sentido da solidariedade é se colocar no lugar do outro, sem julgamento de valores. Eu gostaria muito de ter condições para fazer mais e que outras pessoas pudessem apoiar.

A mensagem que deixo para todas as mulheres é:

A vida nunca foi, não é, e não nunca será fácil para ninguém. Todas nós carregamos histórias, traumas, desilusões, traições, enfim! Sentimentos que nos incitam a parar e a olhar para trás. Dentro de cada mulher existe uma força, uma magia, um mistério único e diferente para cada uma. E é essa coisa inexplicável que nos move a olhar para o alto e seguir na certeza que a vitória está logo ali. Basta caminhar um pouco mais. 

Nunca permitam que a escuridão do outros apague a sua vez de brilhar! 

 

Cleide Jane – Cidadã PositHIVa