Motivadas por inúmeros ataques à democracia, retrocessos em todas as áreas, em especial à saúde, educação e previdência, pelo crescente índice de violência e feminicidio contra as mulheres, marcados pela desigualdade de gênero, machismo, sexismo, lesbofobia e transfobia e, a clara e evidente política de ódio e morte mostrada pelo atual governo, as Cidadãs PositHIVas se juntaram às marchas, atos e manifestações das organizações de mulheres, movimentos sociais e sindicatos nos Estados do Amazonas, São Paulo, Ceará, Pernambuco, Distrito Federal e Rio Grande do Sul.
Articuladas e organizadas para escancarar um grito uníssono, o MNCP marcou presença e deixou claro que seremos resistência por nenhum direito menos.
As ações nos Estados
Manaus/ Amazonas
O MNCP do Amazonas, com apoio do Fundo Positivo, lançou a Campanha “Olha Elas” no Ato Unificado das Mulheres do Amazonas, organizado por sindicatos, partidos e Movimentos de mulheres do Amazonas. O Ato ocorreu no dia 06 de Março à partir das 16:00h na Praça de São Sebastião na cidade de Manaus/Am.
Nós, Cidadãs Posithivas fomos às ruas para nos juntar a outras mulheres em defesa da democracia, da paz, da igualdade de direitos e dizer que, como mulheres vivendo com HIV/AIDS pagamos impostos e não aceitamos ser chamadas de despesas, assim como, não aceitamos a afronta à constituição feita pelo presidente Jair Bolsonaro e, as constantes ameaças pelo aumento da violência contra a mulher da cidade e do campo.
Não podemos permitir que a cada quatro minutos nos agridam e a cada duas horas nos matem. Nossa dor não pode aumentar mais com o aumento da violência contra nossas crianças e adolescentes.
Afirmamos que:
– quanto mais uma mulher é explorada e discriminada, mais pobre fica a sociedade, assim desestruturando as famílias brasileiras;
-continuaremos nos juntando a outras mulheres para garantir nossas Políticas Públicas.
– como mulheres vivendo com HIV/AIDS do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas, continuaremos INFORMANDO, PREVENINDO E EXIGINDO NOSSOS DIREITOS, e gritaremos sempre #PorNenhumDireitoAMenos
As cidadãs Evalcilene Santos e Juliana Santos lideraram a organização do lançamento da campanha em Manaus.
“O Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas do Ceará, neste dia 08 de março foi às ruas de Fortaleza, juntamente com outros movimentos de mulheres. No Festival 8 de Março, gritamos pela Vida das MULHERES, contra o facismo, machismo, racismo e LBTFOBIA. Erguemos nossas vozes em defesa dos direitos e da democracia para chamar atenção dos governantes sobre a violação de direitos e basta de feminicidio.” A organização das mulheres foi realizada por Credileuda Azevedo e contou com a participação de Orleanda Gomes, Anny Jackeline, Sabrina Fati, Nádia Maria e Maria José.
São Paulo/São Paulo
“Neste Dia Internacional das Mulheres saímos às ruas para enfrentarmos o autoritarismo e o conservadorismo, para denunciarmos a política desse desgoverno e exigir mais democracia, mais direitos, mais investimentos na saúde e educação, e justiça para todas as mulheres assassinadas, assim como Marielle e todas as mulheres que sofrem as mais diversas formas de violência. Não dá para ficarmos caladas diante de tanto retrocesso na Política de AIDS no Brasil. Não dá para nos calarmos diante do preconceito, do estigma e da discriminação que tem vivido às pessoas com HIV/AIDS, diante de um discurso ódio e o sexismo representados pelo atual governo”. O evento ocorreu na cidade de Campinas, no dia 07 de Março e foi organizado por Jenice Pizão, uma das fundadoras do MNCP.
“08 de março no Distrito Federal foi marcado por um grande ato das mulheres. Todas juntas por nossos direitos e nenhum a menos. O Ato começou no pavilhão do parque da cidade vindo a encerrar na torre de TV. Nossa luta foi por direitos iguais, saúde dígna, trabalho, respeito e contra o feminicidio. MNCP, organizado por Deniz Catarina Aguiar juntou-se ao Renfa, MBRD, redução de danos e a CUTS tendo as ações coordenadas pelo MST.”
Porto Alegre/Rio Grande do Sul
O ato unificado do 8M no dia 09 de Março em Porto Alegre, começou no Largo Glênio Perez e foi em marcha até o Largo Zumbi dos Palmares. O Ato foi marcado por milhares de mulheres de muitas bandeiras e movimentos, reivindicando saúde, direitos, trabalho, aposentadorias, fim da violência e contra todas as formas de discriminação. O MNCP e o MLCM+ estavam lá, lutando, reivindicando junto a tantas companheiras de luta, por Nenhum Direito a Menos, Por Nenhuma a Menos!
A atividade foi coordenada por Silvia Alóia da Secretaria Nacional do MNCP e contou com a participação de Gina Hermann (MNCP), Carla Almeida (ANAIDS), Márcia Leão (FONGAIDS/RS)
“A Manifestação em Recife marcou as questões da violência num estado patriarcal, racista e capitalista. O MNCP enfatizou com seus cartazes, banners e no grito das mulheres que “Toda mulher vivendo com HIV/AIDS tem direito à informação e garantia de seus direitos”, para elas “Nenhum Direito a Menos”. Ainda, denunciamos o preconceito vil e declarado do atual governo contra as pessoas que vivem com HIV/Aids quando o líder supremo da nação declara que somos despesas para o país. Nosso protesto e resistência é fortalecido na luta porque para o MNCP saúde não é comércio, é direito e dever do Estado. Estiveram nessa ação, Ivanize Vasconcellos juntamente com outras Cidadãs PositHIVas.
