Não é fácil viver num mundo cheio de intolerância, violência, incertezas, ódio, ideologias, ignorância, desafeto, individualista, cruel, sem empatia, que julga, que maltrata, num mundo doente como é a terra.
A diversidade, que deveria unir as pessoas em torno do novo, do aprendizado, da evolução, infelizmente não nos une quando o tema é sexualidade e identidade de gênero. As pessoas se auto proclamam vigilantes e “donas” das outras, mas esquecem que esse controle não é de ninguém. IDENTIDADE é individualidade, é íntima, é singular e é plural. Todas as pessoas nascem Livres e Iguais em dignidade e direitos ( Declaração dos Direitos Humanos da ONU). Hoje, dia 29 de janeiro, é o Dia Nacional da Visibilidade Trans. É o dia simbólico que todas as pessoas devem lembrar, parar e refletir que mulheres transexuais, mulheres redesignadas, travestis, homens trans e pessoas transgêneras não binárias, dentre outras identidades trans, são cidadãs e cidadãos de direitos e deveres e que portanto, a livre expressão de ser quem é, a liberdade de ir e vir e de viver com dignidade, de ter acesso aos serviços públicos de saúde, educação, proteção, moradia, trabalho, lazer, são premissas asseguradas na constituição brasileira. “Respeitaré uma obrigação, aceitar é um exercício de cidadania” ( Arlindo Cruz). Que todas as pessoas TRANS possam andar, sorrir, produzir, morar, aprender, trabalhar, amar, e viver como qualquer pessoa CIS. Não há mais espaço para domínio de gênero, há espaço para pessoas. E assim será, já é!
Jacqueline Rocha Côrtes, mulher, professora de inglês aposentada, casada, um filho e uma filha, irmã, filha, tia, prima, sobrinha, amiga, ativista, e MULHER QUE VIVE COM AIDS HÁ 26 ANOS. UMA TRANSEXUAL REDESIGNADA!