O Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas publicou, nessa terça-feira (14), uma carta se posicionando contrar o machismo. Endereçada ao Movimento de Luta Contra Aids e parceiros, elas querem saber até quando terão de vivenciar o sexismo no movimento social. “Nós mulheres vivenciamos por séculos a opressão em todos os espaços, seja em casa, na escola, no trabalho, no shopping, na igreja, nas ruas, entre outros. Se deparar com essa situação também dentro do movimento social, onde lutamos por respeito, é no mínimo incoerente”, diz o documento.
Ainda de acordo com a carta, o machismo pode causar sérias consequências as mulheres vivendo com HIV/aids. “Prejudica a nossa autoconfiança, inibi a formação de novas lideranças dentro do movimento e mina a participação ativa das mulheres.”
Elas destacam ainda que nem sempre o diálogo prevalece e são silenciadas. “Apesar de todo nosso esforço e coragem, não somos escutadas, gritam conosco por não aceitarem e nem respeitarem nossas opiniões, não consideram esse medo que carregamos de sofrer com o machismos uma vida inteira, porém quando queremos falar sobre o assunto somos apontadas como vitimistas.”
O movimento considera que “o machismo, assim como o racismo e a LGBTFOBIA só serve para fortalecer àqueles que estão no poder, os conservadores e os burgueses que se aproveitam da situação para crescerem mais e nos explorar mais e mais.”
Por fim, as Cidadãs convidam o movimento social a mudar de atitude e ouvir com respeito e atenção as mulheres que vivem com HIV/aids. “Para que o movimento se fortaleça, é importante mudar atitudes e prevalecer o respeito e o diálogo.”
Assinaram o documento as ativistas Silvia Aloia, Heliana Moura e Rafaela Queiroz, todas da Secretaria Nacional do Movimento das Cidadãs Posithivas.
Fonte: Agência de Notícias da Aids