Os principais problemas enfrentados pelas mulheres que vivem com HIV/Aids serão alvo de discussão durante o II Encontro Nacional de Cidadãs Posithivas, que acontece entre os dias 3 e 6 de agosto, no Hotel Vilamar, em Amaralina, uma das praias mais famosas de Salvador (capital da Bahia).

O evento, iniciativa conjunta do Movimento Nacional de Cidadãs Posithivas (MNCP), em parceria com o Ministério da Saúde e Secretaria da Saúde do Estado, por meio dos Programas Nacional e Estadual de DST/Aids, reunirá cerca de 200 mulheres de todo o país, além de representantes do Ministério da Saúde e de organizações não governamentais que atuam na prevenção e assistência aos portadores de HIV/Aids.

De acordo com representantes do MNCP/Bahia, o encontro visa fortalecer a autonomia das mulheres vivendo com HIV/Aids e do próprio movimento que representam, “buscando subsidiá-las para a adesão consciente ao tratamento anti-retroviral, tendo em vista que a Aids, atualmente, vem sendo considerada como uma doença crônica, cujo êxito no controle depende de vários fatores, entre eles a qualidade de vida das pessoas com HIV/Aids e as ações integradas de promoção, prevenção, diagnóstico, assistência e tratamento por parte dos governos”.

Dados apontam que no início da epidemia, na década de 80, a proporção era de um caso na população feminina para cada 25 casos na masculina, e nos últimos anos houve uma tendência de feminização da infecção, com uma proporção quase igual nos dois sexos. Nesse contexto, deve-se também destacar que a infecção deixou de ser associada a “grupos de risco” para assumir o conceito de vulnerabilidade.

A assistente social Edvânia Landim, coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids, enfatiza a importância do papel dos movimentos sociais, a exemplo do MNCP e a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+), “que muito têm a contribuir na definição das ações de prevenção e assistência às DST/HIV/Aids”.

A comissão organizadora do encontro, por sua vez, destaca o aumento significativo da infecção do HIV/Aids em mulheres de todas as idades e condições sociais, que levam o MNPC a repensar sua atuação enquanto ativistas e lideranças, e “nos impele a ampliar o alcance de nossas ações, chegando às mulheres do interior dos estados, onde as informações e o acesso à assistência e a prevenção são extremamente precários”.

Temática

Durante o II Encontro Nacional de Cidadãs Posithivas serão discutidos temas como a vulnerabilidade às DST/HIV/Aids, a prevenção posithiva e os direitos e deveres das mulheres vivendo com HIV/Aids e as práticas complementares de saúde (nutrição e fitoterapia, os efeitos da lipodistrofia e fisioterapia). Haverá também apresentação sobre a “Linha da vida do MNCP”, com a participação de Marcela Alsina, da Argentina, uma das idealizadoras do movimento; Daria Dal Zuffo, de Belo Horizonte, e Nair Brito, de São Paulo.

A programação do encontro também inclui uma discussão sobre o Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização da Epidemia de Aids e outras DST, publicado em março desse ano, pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e Ministério da Saúde, com a participação de Ana Paula Silveira, do Distrito Federal.

Fonte: Programa Nacional de DST/Aids

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Programa Nacional de DST/Aids
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